Imprensa
Revista Você S.A.
Entrevista com a Consultora Maria Aparecida Araújo
Sobrevivência Social
(Letícia Colombini)
Maria Araújo, diretora da Etiqueta Empresarial Executive
Manners Consulting no
Rio de Janeiro, ensina etiqueta corporativa há mais de 20
anos.
"Oito entre dez dos meus clientes são profissionais
em busca de mais traquejo social, para lidar com situações
de trabalho" diz.
Empresas como Bayer, Xerox e Varig também
costumam procura-la para dar palestras aos funcionários.
A seguir
Maria fala sobre suas idéias.
Quais os temas que você costuma abordar em suas aulas?
O
primeiro passo é ensinar o básico - o que eu chamo
de "sobrevivência social". Depois disso vem a Etiqueta
Profissional.
Também orientamos as pessoas sobre o modo correto
de se vestir, de falar e de se relacionar com chefes, colegas e subordinados,
por meio do respeito e da cortesia.
Qual o perfil das pessoas que procuram uma consultoria de etiqueta?
A maioria são homens, jovens em plena ascensão
profissional e com boa formação acadêmica -
muitos ostentam cursos de MBA no currículo. Eles sabem que
para se dar bem na carreira não basta ter habilidades técnicas
e demonstrar eficiência.
Também é imprescindível
dominar seus modos e suas atitudes. Afinal, a pessoa pode ter muito
conteúdo,
mas pode colocar tudo a perder se cometer uma gafe após
a outra.
E, quanto mais os profissionais galgam os degraus na hierarquia,
mais precisam entender sobre etiqueta, já que se tornam mais
expostos e visados.
Educação é algo que se aprende?
Sim. É claro
que a base que a pessoa recebe em casa ajuda, e muito, mas nunca é tarde
para aprender. Basta treinar bastante a nova postura.
Para isso, é preciso
ler muito sobre o assunto e observar como as pessoas elegantes se
vestem e se comportam. Assistir a filmes sobre o mundo dos negócios
também é algo que
costumo recomendar a meus alunos.
Em sua opinião, qual a pior gafe hoje em dia no mundo
dos negócios?
A maneira como as pessoas utilizam o
telefone é lamentável.
Em geral as secretárias, o pessoal de atendimento ao cliente
e os próprios executivos estão despreparados para fazer
e atender ligações.