10.10.2024
Imprensa


Revista Você S.A.
Entrevista com a Consultora Maria Aparecida Araújo







Sobrevivência Social
(Letícia Colombini)

Maria Araújo, diretora da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting no Rio de Janeiro, ensina etiqueta corporativa há mais de 20 anos.

"Oito entre dez dos meus clientes são profissionais em busca de mais traquejo social, para lidar com situações de trabalho" diz.

Empresas como Bayer, Xerox e Varig também costumam procura-la para dar palestras aos funcionários.

A seguir Maria fala sobre suas idéias.


Quais os temas que você costuma abordar em suas aulas?

O primeiro passo é ensinar o básico - o que eu chamo de "sobrevivência social". Depois disso vem a Etiqueta Profissional.

Também orientamos as pessoas sobre o modo correto de se vestir, de falar e de se relacionar com chefes, colegas e subordinados, por meio do respeito e da cortesia.


Qual o perfil das pessoas que procuram uma consultoria de etiqueta?

A maioria são homens, jovens em plena ascensão profissional e com boa formação acadêmica - muitos ostentam cursos de MBA no currículo. Eles sabem que para se dar bem na carreira não basta ter habilidades técnicas e demonstrar eficiência.

Também é imprescindível dominar seus modos e suas atitudes. Afinal, a pessoa pode ter muito conteúdo, mas pode colocar tudo a perder se cometer uma gafe após a outra.

E, quanto mais os profissionais galgam os degraus na hierarquia, mais precisam entender sobre etiqueta, já que se tornam mais expostos e visados.


Educação é algo que se aprende?

Sim. É claro que a base que a pessoa recebe em casa ajuda, e muito, mas nunca é tarde para aprender. Basta treinar bastante a nova postura.

Para isso, é preciso ler muito sobre o assunto e observar como as pessoas elegantes se vestem e se comportam. Assistir a filmes sobre o mundo dos negócios também é algo que costumo recomendar a meus alunos.


Em sua opinião, qual a pior gafe hoje em dia no mundo dos negócios?

A maneira como as pessoas utilizam o telefone é lamentável. Em geral as secretárias, o pessoal de atendimento ao cliente e os próprios executivos estão despreparados para fazer e atender ligações.
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